O quê aconteceu com os fliperamas?

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    Você se lembra dos fliperamas? Aqueles lugares cheios de máquinas de jogos eletrônicos que faziam a alegria da garotada nos anos 80 e 90? Pois é, eles praticamente desapareceram do mapa nos últimos anos, e muita gente se pergunta o que aconteceu com eles. Neste post, vou contar um pouco da história dos fliperamas no Brasil e no mundo, e explicar os motivos que levaram ao seu declínio.


    Os fliperamas surgiram nos Estados Unidos na década de 70, como uma forma de entretenimento barata e divertida. Eles eram instalados em bares, lanchonetes, shoppings e outros locais públicos, e atraíam pessoas de todas as idades que queriam jogar os mais variados tipos de jogos, desde os clássicos como Pac-Man e Space Invaders até os mais modernos como Street Fighter e Mortal Kombat. Os fliperamas eram um sucesso tão grande que chegaram a faturar mais de 5 bilhões de dólares por ano nos EUA.


No Brasil, os fliperamas chegaram um pouco mais tarde, por volta de 1980, mas também fizeram muito sucesso. Eles eram chamados de “arcades”, “videogames” ou simplesmente “fliper”, e se tornaram uma febre entre os jovens brasileiros. Os fliperamas eram o lugar ideal para se divertir com os amigos, competir pelos melhores scores, conhecer novos jogos e desafiar os adversários. Os fliperamas também eram uma forma de escapar da realidade difícil do país, que enfrentava uma crise econômica e social. E também eram a forma de crianças jogarem um bom game com o dinheiro do troco do refrigerante.


    Mas o que aconteceu com os fliperamas? Por que eles deixaram de existir? Bem, não há uma resposta única para essa pergunta, mas podemos apontar alguns fatores que contribuíram para o seu fim. Um deles foi o avanço da tecnologia dos consoles domésticos, que passaram a oferecer jogos cada vez mais sofisticados e realistas, com gráficos e sons superiores aos dos fliperamas. Além disso, os consoles permitiam jogar no conforto de casa, sem precisar gastar fichas ou enfrentar filas.


Outro fator foi a mudança no perfil dos consumidores de jogos eletrônicos. Os jovens que cresceram jogando nos fliperamas se tornaram adultos com outras prioridades e interesses, e deixaram de frequentar esses lugares. Ao mesmo tempo, as novas gerações de jogadores se acostumaram a jogar online, através da internet, interagindo com pessoas do mundo todo. Os fliperamas perderam o seu apelo social e cultural, e se tornaram obsoletos.


Por fim, outro fator que afetou os fliperamas foi a repressão legal e policial que eles sofreram em alguns países. No Brasil, por exemplo, muitos fliperamas foram fechados ou proibidos por causa de leis que associavam os jogos eletrônicos à violência, à criminalidade e à exploração infantil. Muitos donos de fliperamas foram multados ou presos por supostamente incentivar o vício e a delinquência entre os jovens.


Hoje em dia, os fliperamas são raros e quase extintos. Eles só sobrevivem em alguns locais nostálgicos ou especializados, que tentam preservar a memória e o legado desses lugares mágicos. Os fliperamas fazem parte da história dos jogos eletrônicos e da cultura pop, e merecem ser lembrados com carinho por todos aqueles que um dia se divertiram com eles.