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Highlander – O Guerreiro Imortal | Uma análise psicológica
Olá, pessoal! Hoje eu quero compartilhar com vocês uma análise psicológica sobre o filme Highlander – O Guerreiro Imortal, um clássico dos anos 80 que mistura ação, fantasia e aventura. O filme conta a história de Connor MacLeod, um guerreiro escocês que descobre ser imortal após sobreviver a um ferimento fatal em uma batalha contra o terrível Kurgan, seu maior inimigo. Ao longo dos séculos, Connor aprende a viver e a lutar como um imortal, sob a orientação do sábio Juan Sanchez Villa-Lobos Ramirez, interpretado pelo lendário Sean Connery. Mas ele também sofre as consequências de sua condição, como a solidão, o luto e o medo de perder sua humanidade.
O filme explora vários temas psicológicos interessantes, como o sentido da vida, a morte, o amor, a identidade e o poder. Connor MacLeod é um personagem complexo e contraditório, que busca um propósito para sua existência eterna, mas também anseia por um fim para seu sofrimento. Ele ama profundamente sua esposa Heather, mas sabe que ela vai envelhecer e morrer enquanto ele permanece jovem e imutável. Ele se apega à sua origem escocesa, mas também se adapta às diferentes épocas e culturas que atravessa. Ele se sente responsável por impedir que Kurgan obtenha o prêmio final dos imortais, que seria o controle sobre toda a humanidade, mas também teme enfrentá-lo em um duelo mortal.
Kurgan, por outro lado, é um personagem cruel e sádico, que não tem escrúpulos em matar seus adversários e tirar proveito de sua imortalidade. Ele representa o lado sombrio da natureza humana, que busca o poder a qualquer custo e não se importa com os sentimentos alheios. Ele é o oposto de Connor, que apesar de ser um guerreiro, tem um senso de honra e compaixão. Kurgan é movido pela raiva, pela inveja e pela ambição, enquanto Connor é movido pelo amor, pela esperança e pela coragem.
O filme também mostra como os imortais lidam com sua condição de forma diferente. Alguns se isolam do mundo, outros se envolvem com as causas humanas, alguns se tornam amigos, outros se tornam inimigos. Os imortais têm uma conexão especial entre si, que é sentida quando eles se aproximam uns dos outros. Eles também têm uma experiência única quando eles matam outro imortal, pois eles recebem uma descarga de energia chamada de “quickening”, que lhes transfere os conhecimentos e as habilidades do imortal derrotado.
A passagem do tempo e a certeza de que todos que ama iram morrer e apenas MacLeod irá permanecer vivo é algo que afeta a personalidade e a própria sanidade do personagem. Com o passar dos anos podemos perceber que ele é afetado pelas esperiências vividas, como a guerra, a era medieval e todos que ele perde. Tudo isso o torna uma pessoa amargurada e fechada para os relacionamentos. Podemos entender que Connor se torna depressivo deviso aos acontecimentos e a impossibilidade de morrer se torna uma maldição para ele, que no fim deseja o embate final contra Kurgan, mas sua missão de impedir que o vilão vença e ganhe o grande prêmio gera um conflito interno no personagem. Se a pressão não é o bastante para minar a mente do imortal, as perdas pessoais fazem ele se afundar cada vez mais na paranóia e tristeza, podemos ver isso na relação com o interesse amoroso dele no tempo presente. No caso ele não consegue se entregar de fato ao sentimento que ele possue por ela, pois as feridas do passado ainda se fazem presentes em sua memória.
Podemos nos colocar em seu lugar e pensar: Se fossemos imortais, essas dores seriam ou não algo que faria você se fechar para o mundo?
Podemos tirar muitas ideias, trazer para nossa realidade e pensar em formas de melhorar nossa própria vida tendo como base os insights que podemos ter ao assistir o filme.
Highlander – O Guerreiro Imortal é um filme que nos faz refletir sobre questões existenciais e morais, mas também nos diverte com cenas de ação emocionantes e uma trilha sonora incrível da banda Queen. É um filme que marcou uma geração e que continua sendo relevante até hoje. Se você ainda não assistiu, eu recomendo que você confira esse clássico!